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CAMPONESES EXPRESSAM INDIGNAÇÃO COM O PREÇO BÁSICO DE 300 FCA FIXADO PELO GOVERNO PARA A CASTANHA DE CAJU

 A União Nacional dos Camponeses demonstra consternação em relação ao valor de 300 francos CFA estabelecido pelo governo, por iniciativa presidencial, como preço básico para a comercialização da castanha de caju em 2024.

CAMPONESES EXPRESSAM INDIGNAÇÃO COM O PREÇO BÁSICO DE 300 FCA FIXADO PELO GOVERNO PARA A CASTANHA DE CAJU

A reação da organização camponesa foi tornada pública nesta segunda-feira, em uma entrevista à rádio Sol Mansi, conduzida pelo seu presidente, em resposta ao anúncio do preço de 300 francos CFA por quilograma da castanha de caju.

O presidente dos Camponeses, Upá Vicente Gomes, afirmou que o preço determinado pelo governo só agrava a situação de fome na população. Diante disso, ele sugere a possibilidade de realizar uma manifestação para buscar mudanças na situação.

"Estamos profundamente entristecidos e envergonhados com a decisão do governo, especialmente porque o próprio governo reconheceu a existência de extrema fome nas vilas do país. Convidamos o governo a reconsiderar e aumentar o preço mínimo para a comercialização da castanha de caju", declarou Upá Vicente Gomes, presidente da União Nacional dos Camponeses.

Gomes também enfatizou que, dadas as condições econômicas do país, o governo deveria estabelecer 500 francos CFA como preço básico por quilograma, em vez dos 300 francos inicialmente propostos.

"Para nós, o preço mínimo para a compra de um quilograma de castanha de caju diretamente do produtor deveria ser de 500 FCA. Ao avaliarmos o mercado, percebemos que 300 FCA não é suficiente nem para adquirir um quilo de arroz. Além disso, uma campanha de comercialização bem-sucedida da castanha de caju terá impacto positivo na economia do país", justificou a União Nacional dos Camponeses.

Na semana passada, a Confederação Nacional dos Atores da Fileira de Caju defendeu a necessidade de um preço mais justo para aliviar o sofrimento dos camponeses durante a campanha de comercialização da castanha de caju em 2024.

Nesta segunda-feira, a União Nacional dos Camponeses protestou contra a decisão do governo, alertando que, caso a campanha não transcorra de maneira satisfatória, eles tomarão as ruas para expressar suas indignações.

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