Terão aproveitado do jogo da 5ª jornada de qualificação ao CAN’2023 contra São Tomé e Príncipe para desviar mais de 242 Mil Euros (documentos em anexo no final do texto)
Dois altos dirigentes da Federação de Futebol da Guiné-Bissau terão sido responsáveis pelo desvio de Cento e Quarenta e Três Milhões de francos CFA (143.000.000 XOF), referente ao pagamento de uma empresa de viagem para fretar um voo para a Seleção de São Tomé e Príncipe.
Segundo apurou O Golo GB, tudo terá acontecido quando a Federação de Futebol da Guiné-Bissau, assumiu receber o jogo da 5.ª jornada de qualificação para o CAN Costa do Marfim 2023, face à interdição do Estádio de São Tomé e Príncipe pela CAF e FIFA, a federação guineense assumiu, na altura, receber o seu similar em casa como sendo equipa visitante.
Sabe-se que um alto dirigente na estrutura hierárquica da FFGB terá enviado no dia 27 de Abril de 2023 uma fatura proforma ao Ministro da Cultura, Juventude e Desportos, Augusto Gomes, no valor de Cento e Oitenta Milhões de Francos CFA, com intuito de fretar um voo charter para a Seleção de futebol do São Tomé e Príncipe para Bissau, logo no dia seguinte, o atual Ministro dos Desportos autorizou, através do seu diretor financeiro Cesário Sanhá, com um certificado administrativo para pedir ao Ministério das Finanças que autorizasse disponibilização daquele montante, que por seu lado, o Ministério das Finanças emitiu um mandato de pagamento na conta do Ministério da Cultura, Juventude e dos Desportos com o mesmo montante solicitado.
De acordo com os documentos na posse da redação de O Golo GB, a autorização para a disponibilização deste montante terá acontecido a 02 de Maio de 2023, cujo número de pagamento deste processo é (MD23-000001062) no Tesouro Geral da República da Guiné-Bissau.
O Golo GB soube ainda através de uma fonte que o montante solicitado pela Federação de Futebol da Guiné-Bissau não chegou de ser utilizado na sua totalidade, a entidade gestora do futebol não teria fretado um avião charter, mas sim terá decidido pagar a uma empresa de viagens sediada em Bissau, um montante de Quarenta Milhões (40.000.000 XOF) para emissão de bilhetes de passagem para 35 elementos integrantes a comitiva santomense de São Tomé-Bissau-São Tomé, num voo comercial de Royal Air Maroc, e o restante valor de Cento e Quarenta e Três Milhões (143.000.000 XOF), terão sido desviados por dois altos dirigentes da Federação de Futebol da Guiné-Bissau.
Refira-se que o montante em causa consta também num dos pontos da carta aberta que onze clubes nacionais enviaram à Federação de Futebol da Guiné-Bissau para exigir um esclarecimento da utilização de uma série de fundos que entraram na FFGB.
Em anexo: fatura proforma da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, certificado administrativo e mandato de pagamento dos Ministérios envolvidos no processo.
Recorde-se que nos últimos tempos tem vindo a aumentar as denúncias de uma alegada corrupção em larga escala na atual direção da Federação de Futebol da Guiné-Bissau liderada por Carlos Mendes Teixeira (Caíto).
Fatura proforma: Detalhes do Desvio
A fatura proforma enviada pelo alto dirigente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau revela a tentativa de justificar o montante de Cento e Oitenta Milhões de Francos CFA para o fretamento de um voo charter. Este documento, agora exposto, é crucial para entender a extensão do desvio de fundos e as manobras utilizadas para encobrir a ilegalidade dos atos.
Autorização Oficial e Mandato de Pagamento: As Entidades Envolvidas
A autorização concedida pelo Ministro dos Desportos e pelo Ministério das Finanças para a disponibilização do montante solicitado levanta questões sobre a transparência dos processos envolvidos. O mandato de pagamento emitido pelo Ministério da Cultura, Juventude e Desportos destaca a importância de uma investigação aprofundada sobre a gestão financeira da Federação de Futebol da Guiné-Bissau.
Carta Aberta e Repercussões: Pressão da Comunidade Desportiva
A carta aberta dos onze clubes nacionais demandando esclarecimentos sobre a utilização dos fundos destinados à FFGB destaca a preocupação generalizada em relação à governança financeira no ambiente desportivo guineense. A crescente pressão por transparência e prestação de contas evidencia a necessidade de reformas urgentes na estrutura diretiva do futebol do país.
Conclusão
O escândalo de desvio de 143 Milhões envolvendo dois dirigentes da FFGB lança uma sombra sobre a integridade e a ética no desporto guineense. É fundamental que se realizem investigações independentes e rigorosas para responsabilizar os envolvidos e restaurar a confiança no organismo de governação do futebol no país. A transparência e a prestação de contas devem guiar as ações futuras, a fim de evitar a repetição de tais atos condenáveis.
Investigar e punir os responsáveis por tal conduta é essencial para a credibilidade e o desenvolvimento saudável do futebol na Guiné-Bissau.
Lembre-se, na luta contra a corrupção, a fiscalização e a transparência são armas poderosas.
Fonte: O Golo GB
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