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Analista Considera Finanças Públicas da Guiné-Bissau Deficitárias e de Difícil Gestão

 O analista económico José Nico Djú, comentador permanente da Rádio Sol Mansi, afirmou que as estruturas financeiras da Guiné-Bissau continuam a apresentar resultados deficitários, particularmente no que se refere às finanças públicas. Durante uma análise realizada nesta segunda-feira sobre o último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que revisou o acordo de Facilidade de Crédito Alargada (ECF) do país e aprovou um desembolso de mais de 6,3 milhões de euros, Djú destacou as dificuldades que a Guiné-Bissau enfrenta em termos de financiamento das despesas correntes e na gestão de um défice orçamental constante.

O analista económico José Nico Djú, comentador permanente da Rádio Sol Mansi, afirmou que as estruturas financeiras da Guiné-Bissau continuam a apresentar resultados deficitários, particularmente no que se refere às finanças públicas. Durante uma análise realizada nesta segunda-feira sobre o último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que revisou o acordo de Facilidade de Crédito Alargada (ECF) do país e aprovou um desembolso de mais de 6,3 milhões de euros, Djú destacou as dificuldades que a Guiné-Bissau enfrenta em termos de financiamento das despesas correntes e na gestão de um défice orçamental constante.


“O déficit orçamental persistente e a dificuldade de financiar as despesas correntes são indicadores claros de que as finanças públicas da Guiné-Bissau estão em uma situação deficitária. Isso obriga o país a buscar assistência financeira contínua junto a entidades financeiras internacionais”, explicou José Nico Djú.

O relatório do FMI prevê que o crescimento económico da Guiné-Bissau poderá atingir 5% em 2024, enquanto a inflação deve diminuir para 4,2%, comparada com os 7,2% registados em 2023. No entanto, o FMI alerta que "as perspetivas económicas permanecem sujeitas a riscos significativos a curto prazo", sugerindo que os desafios financeiros do país ainda não foram superados.

José Nico Djú também manifestou ceticismo quanto a estas previsões de crescimento, apontando a falta de capacidade de produção interna e a instabilidade política como obstáculos significativos. “Alcançar um crescimento de 5% num país com baixa capacidade de produção interna e problemas políticos constantes seria extremamente inovador, mas pouco provável sem mudanças estruturais significativas”, comentou Djú.

Necessidade de Investimento e Estabilidade

O analista ressaltou a necessidade de um aumento substancial nos investimentos em infraestruturas e a atração de capital estrangeiro como formas de promover um crescimento económico sustentável. Ele também destacou a importância de criar um ambiente de estabilidade que possa incentivar o investimento privado e garantir um crescimento mais inclusivo.

“É crucial que a Guiné-Bissau desenvolva uma base de recursos que permita à economia interna gerar resultados significativos sem depender excessivamente do mercado financeiro internacional”, afirmou Djú.

Apoio Internacional e Perspetivas Futuras

Na semana passada, o FMI anunciou a conclusão da revisão do acordo de Facilidade de Crédito Alargada com a Guiné-Bissau, que permite um desembolso imediato de 6,3 milhões de euros para ajudar a atender as necessidades de financiamento do país. Este acordo, aprovado em janeiro de 2023, tem como objetivo garantir a sustentabilidade da dívida, melhorar a governação e reduzir a corrupção na Guiné-Bissau, ao mesmo tempo que cria espaço orçamental para um crescimento inclusivo.

Até o momento, o total de desembolsos ao abrigo do acordo ECF atinge 30,1 milhões de euros, com o FMI projetando que o défice da balança corrente da Guiné-Bissau deve diminuir para 6,1% do PIB. No entanto, para alcançar essas metas ambiciosas, o país precisará enfrentar desafios significativos, incluindo a implementação de reformas económicas, a melhoria da estabilidade política e o fortalecimento das suas capacidades de produção e governança.

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