Setembro é um mês emblemático para a história da Guiné-Bissau. Antes de ser lembrado pela vitória, setembro foi marcado pela chuva, pela resistência e pela esperança.
Foi em um setembro chuvoso, na histórica Madina de Boé, que a República da Guiné-Bissau foi proclamada. Entre nuvens escuras e ventos fortes, a independência foi celebrada por homens e mulheres da terra, com jovens e crianças cantando o amanhecer de um novo futuro, trazido pelos primeiros raios de sol de uma primavera que florescia.
Aquele setembro chuvoso marcou a vitória da liberdade sobre a opressão colonial, a conquista da verdade sobre a tirania. Nasceu ali uma nação plural, em constante construção. Mesmo com o passar dos anos, setembro manteve sua identidade. De geração em geração, esse mês continua a ser lembrado como o berço da liberdade e da resistência.
Setembro é sinônimo de criação, é o símbolo do nascimento da nação. Foi em setembro que a bandeira guineense foi hasteada pela primeira vez, que o hino nacional foi entoado com orgulho, e que o evento foi eternizado pelas lentes de curiosos fotógrafos, que capturaram as emoções irredutíveis dos combatentes que lutaram pela liberdade.
Mesmo com as lágrimas que não puderam ser adiadas e os sorrisos que contagiaram o mundo, setembro chuvoso foi e continua a ser um marco de resiliência. A chama da independência, acesa naquele mês, segue firme, não apagada pelas tempestades que o tempo trouxe. O espírito de setembro continua vivo, inspirando as futuras gerações.
Enquanto celebramos o centenário de setembro, lembramos que ele foi, e sempre será, o mês do batismo de nossa nação. Um setembro acolhedor, que semeou as bases de uma Guiné-Bissau livre, e que germina esperança, sonhos e realizações.
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