Domingos Simões Pereira, Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, anunciou seu regresso a Bissau para o dia 14 de setembro de 2024, num contexto de crescente perseguição política e violação de direitos fundamentais. O político fez uma comunicação oficial alertando a CEDEAO e a comunidade internacional sobre a situação crítica no país.
Segundo Simões Pereira, o nível de repressão política contra ele e outros opositores do governo aumentou significativamente nos últimos meses. O líder político mencionou que já recorreu ao Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos (TADHP), onde apresentou processos legais aguardando um desfecho justo.
A aterragem de uma aeronave no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, no dia 7 de setembro, transportando mais de 2.600 quilos de cocaína, expôs a fragilidade das instituições do país e o elevado risco para a paz e segurança na sub-região, segundo Simões Pereira. Este incidente foi usado como exemplo para demonstrar a instabilidade que ameaça a coesão social e democrática da Guiné-Bissau.
O Presidente da Assembleia Nacional expressou seu compromisso em colaborar com outros atores políticos e sociais para encontrar soluções que ajudem a mitigar os riscos atuais e prevenir uma ruptura social, garantindo a proteção da democracia.
Simões Pereira também sublinhou a importância da CEDEAO na preservação da estabilidade na Guiné-Bissau, destacando que tem informado regularmente a organização sobre as contínuas violações de direitos humanos no país. Ele ressaltou os riscos enfrentados pelos opositores políticos do Presidente Umaro Sissoco Embaló, especialmente o próprio Presidente da Assembleia Nacional, que possui o direito à imunidade parlamentar.
Simões Pereira concluiu reiterando sua determinação em continuar na luta pela salvaguarda da democracia no país, a começar pelo seu regresso a Bissau.
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