Marcelino Intupé voltou a insistir na necessidade de cumprimento da ordem de libertação dos suspeitos que estão presos há três anos. O julgamento dos envolvidos na suposta tentativa de golpe de estado de 1º de fevereiro de 2022 continua a decorrer na Base Aérea de Bissau, mesmo após o Tribunal Militar Superior, em julho, ter emitido um acórdão que exigia a libertação imediata dos detidos. A corte determinou que o período legal de prisão preventiva já havia sido ultrapassado.
Apesar dessa decisão, o julgamento prosseguiu nesta terça-feira, 15 de outubro de 2024, desconsiderando a determinação judicial anterior. Durante as sessões, a defesa denunciou diversas violações aos direitos dos acusados e de seus advogados. Marcelino Intupé, advogado de defesa, tem sido um crítico constante das irregularidades do processo, afirmando repetidamente que muitos dos detidos são mantidos em custódia de forma ilegal.
Ao sair da sessão mais recente, Intupé destacou que o julgamento transcorreu adequadamente, com os juízes se comportando de forma imparcial. No entanto, reiterou a necessidade de que o acórdão do Tribunal Militar Superior seja cumprido. "Do ponto de vista legal, há uma contínua violação. A decisão que ordena a libertação dos detidos deve ser respeitada", afirmou ele.
O acórdão, assinado por três juízes, ordenava não só a libertação dos detidos sem culpa formada, como também a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares. Intupé sublinhou a urgência de que essa decisão seja acatada, afirmando que é fundamental para garantir a liberdade dos acusados.
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